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Vila Eco Nativa de Desenvolvimento Integrativo
Especificação para o Projeto Arquitetônico

 

1. Objetivo:

As especificações para o projeto arquitetônico tem por objetivo apresentar os requisitos técnicos para orientar a elaboração do projeto arquitetônico das estruturas principais e complementares da Vila Eco Nativa de Desenvolvimento Integrativo.

2. Estruturas físicas:

As estruturas físicas comuns (não privadas) estão previstas em apenas duas áreas: área de desenvolvimento integrativo e área de hospedagem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 1: áreas onde serão construídas as estruturas físicas

 

A seguir são descritas estas duas áreas bem como definidas as estruturas previstas em cada uma delas. Embora sejam áreas com finalidades distintas, a intenção é que as estruturas a serem construídas em ambas sigam um mesmo padrão construtivo e estético. Deve-se buscar uma concepção orgânica para as construções, privilegiando formas circulares.

 

Em cada uma das duas áreas, prever uma estrutura principal (azul na Figura 2) e demais construções complementares no entorno (amarelo na Figura 2), formando uma configuração como uma mandala.

Figura 2: Padrão construtivo: orientação em mandala

Cada estrutura aqui definida está associada a um prazo construtivo relacionado às fases de 1 a 4 do projeto como um todo, já apresentadas na página anterior. Repete-se aqui com as atividades relacionadas às estruturas físicas:

Fase 1 - até dez/2021:

Elaboração do projeto arquitetônico;

Fase 2 - jan a dez/2022:

Construção do hostel (servirá de abrigo para hóspedes, alunos, professores e g) futuros residentes);

Construção da sede da Eco Nativa (sala de cursos e eventos e uma sala de atendimento);

Construção de refeitório naturalista (no início, cozinha comunitária);

 

Fase 3: - jun a dez/2022:

Construção da infraestrutura da vila residencial (energia, água e vias de acesso);

Construção de alguns chalés para hospedagem;

 

Fase 4: - jan a dez/2023

Construção da sala de aula para contra-turno;

Construção dos demais chalés;

Construção das casas residenciais (com recursos de cada morador). 

2.1. Área de Desenvolvimento Integrativo (ADI)

 

Esta área é destinada para as atividades educacionais e terapêuticas previstas no projeto. Devem ser priorizados os espaços à direita da área, que faz confrontação com a área da hospedaria. O espaço à esquerda deve ser reservado para uma eventual necessidade de expansão da Vila Residencial.

 

O acesso será feito pela entrada principal da propriedade, podendo ser aproveitada a antiga estrada que atravessa esta área no sentido norte-sul.

Figura 2: Área de Desenvolvimento Integrativo

A estrutura principal da área de Desenvolvimento Integrativo é uma sala de cursos e eventos. As estruturas complementares são salas de atendimentos específicos.

2.1.1. ADI / Estrutura principal: sala de cursos e eventos

a) É uma estrutura em formato preferencialmente circular ou octagonal em um único vão, com 5 metros de raio (aproximadamente), portanto, com cerca de 80m2;

b) Dois banheiros com chuveiro (masculino e feminino) com 2m2 cada um;

c) Uma recepção com cerca de 16m2;

d) Uma cozinha com cerca de 6m2. A recepção e a cozinha devem ser conjugadas e separadas por uma porta grande, de modo a possibilitar formar um ambiente único quando necessário.

e) Um depósito com acesso à sala grande, com cerca de 6m2, para guardar cadeiras, colchonetes, e demais equipamentos utilizados em cursos/eventos.

 

Metragem total prevista: 112m2.

 

Prioridade construtiva: Fase 2.

 

2.1.2. ADI / Estrutura complementar 1: Sala de aula de contra-turnos

Nesta sala serão desenvolvidas atividades de contra-turnos para crianças e jovens. Prever a possibilidade de expansão futura, anexando outras salas de aula.

a) Uma sala com cerca de 24m2 (4 x 6);

b) Dois lavabos com 1m2 cada.

Área total prevista: 26m2;

 

Prioridade construtiva: Fase 4.

 

2.1.3. ADI / Estrutura complementar 2 (tipo): Atendimento terapêutico

Tipo significa que poderão ser construídas várias estruturas idênticas, todas com a frente voltada para a sala de cursos/eventos. Nesta estrutura tipo serão feitos atendimentos terapêuticos específicos.

a) Uma sala de atendimento com cerca de 12m2;

b) Uma sala auxiliar anexa com 9m2;

c) Um banheiro com chuveiro com 2m2.

 

Área total prevista: 23m2;

Prioridade construtiva: a primeira na fase 2 e as demais nas fases 3 e/ou 4.

 

2.2. Área de Hospedaria (AHO)

A área de hospedaria terá acesso independente das demais áreas da Vila Eco Nativa, pela divisa da propriedade na lateral direita, podendo interligar-se internamente com a área de Desenvolvimento Integrativo.

Figura 2: Área de hospedaria

2.2.1. AHO / Estrutura principal: refeitório

Prever uma estrutura pequena com possibilidade de expansão futura. A estrutura inicial servirá como cozinha/refeitório comunitários. Deverá dar condições para atendimento futuro à comunidade externa:

a) Um refeitório com cerca de 24m2;

b) Uma cozinha com 10m2;

c) Dois lavabos com 1m2 cada;

d) Estacionamento para 15 carros.

 

Área total prevista: 36m2.

 

Prioridade construtiva: fase 2.

 

2.2.2. AHO / Estrutura complementar 1: Hostel

O Hostel tem por objetivo acomodar pessoas com interesse em participação permanente no projeto, servindo de moradia provisória para futuros moradores da Vila Residencial, ou pessoas que queiram conhecer e trabalhar no projeto, por um tempo determinado.

a) Seis quartos para até três pessoas cada (casal com filho), com cerca de 12m2 cada;

b) Dois banheiros comuns com cerca de 2m2 cada.

 

Área total prevista: 76m2.

 

Prioridade construtiva: fase 2.

 

2.2.3. AHO / Estrutura complementar 2 (tipo): Chalé

Os chalés tem a finalidade de acomodar pessoas que venham fazer alguma atividade intermitente na Vila Eco Nativa, como fazer um curso (docentes ou alunos). Prever espaços mínimos para acomodar um casal com filho:

a) Quarto/sala conjugados com cerca de 12m2;

b) Banheiro com cerca de 2m2.

Área total prevista: 14m2.

Prioridade construtiva: fase 3 e/ou 4.

 

3. Diretrizes construtivas:

  • Conforto térmico, considerando as elevadas temperaturas de Palmas o ano todo;

  • Composição em madeira e vidro desejável para os ambientes;

  • Preferência para materiais com tecnologias sustentáveis (baixa energia de produção e transporte);

  • Não prever aquecimento central a gás: projetar aquecimento solar combinado com chuveiro elétrico;

  • Maximização da ventilação e iluminação natural dos ambientes projetados e facilitação do fluxo lógico das atividades previstas em cada ambiente;

  • Geração de energia solar.

 

4. Produtos esperados:

4.1. Para as estruturas previstas nas duas áreas:

4.1.1. Projeto Arquitetônico:

a) Formulação do projeto de arquitetura de cada estrutura prevista para as fases 2 a 4, levando em consideração as orientações contidas neste documento – acrescentar esboço para as demais áreas da Vila Eco Nativa e os projetos de reflorestamento;

b) Elaboração de 01 modelagem 3D em Sketchup e 05 renderings (desenhos realistas) da alternativa de arquitetura escolhida e aprovada para melhor entendimento da volumetria e fachadas;

c) Apoio para condução do projeto junto à Prefeitura Municipal, considerando que a propriedade se encontra provavelmente em área de expansão urbana, o que poderá ter impactos sobre o projeto como um todo futuramente. Sabe-se que a propriedade se encontra em área de preferência turística de acordo com o atual Plano Diretor de Palmas, o que é favorável à iniciativa;

 

4.1.2. Projetos complementares:

a) Sugestão de sistemas ecológicos de tratamento de esgotos (águas cinzas e negras) para cada uma das áreas;

b) Dimensionamento elétrico geral para as duas áreas e para a vila residencial a partir do transformador existente na propriedade, localizado na área privada – prever ampliação da capacidade do transformador – considerar até 10 chalés e até 5 salas de atendimento terapêutico; prever geração de energia solar no refeitório e na sala de cursos e eventos que possa alimentar também as estruturas complementares de cada uma das áreas;

c) Dimensionamento hidráulico para suprimento de água potável das duas áreas e da vila residencial a partir do poço artesiano existente, localizado na área privada.

 

4.2. Para as estruturas de curto prazo (fase 2):

4.2.1. Projeto arquitetônico

a) Detalhamentos do Sistema Construtivo a ser utilizado a fim de garantir o melhor conforto térmico da edificação, priorizando que sejam construções passivas. No entanto, onde houver necessidade, sugerir ventilação mecânica;

b) Sugestão de materiais da envoltória, fechamentos, aberturas, lajes, coberturas e acabamentos a fim de estes também contribuam com o conforto térmico de cada cômodo;

c) Recomendação de tecnologias que visem tornar o projeto mais econômico e sustentável, especialmente no relativo à economia de energia elétrica, água, efluentes e resíduos (durante a obra);

d) Desenhos de PRÉ PROJETO da alternativa escolhida, consistindo em Planta, 04 vistas e 02 cortes.

e) Elaboração de desenhos de arquitetura do PROJETO LEGAL, consistindo em Planta Baixa, 02 cortes, elevações, detalhes estatísticos, implantação, situação, quadro de áreas e memorial (atentar para as exigências da Prefeitura de Palmas).

f) Alterações solicitadas pelo Plantão Técnico da Prefeitura Local quando não envolvam mudanças radicais do projeto;

g) Consultoria para a avaliação, pertinência e melhor localização de tecnologias sustentáveis tais como uso de placas solares térmicas e/ou fotovoltaicas, sistema de reuso de água de chuva e materiais de isolamento térmico entre outros (o dimensionamento exato destes sistemas serão demandados às empresas fornecedoras);

h) Desenhos sobre a localização das tecnologias e materiais de revestimento em cada ambiente;

i) Detalhamento esquemático interno quanto à melhor sugestão da distribuição de mobiliário e aparelhos domésticos;

j) Elaboração do PROJETO EXECUTIVO em detalhe: Solução definitiva do projeto, representada por implantação, 01 Planta Baixa, 02 cortes e 04 elevações (em escala), tamanho A1 ou A2 (a especificar) com estatísticas de áreas e localização de materiais, como também pranchas de desenhos e especificações de portas, janelas, memorial descritivo e demais pormenores de que se constitui a obra a ser executada;

k) Sugestão de composição de plantas ornamentais e vegetação no entorno da edificação que possam auxiliar no conforto térmico em curto, médio e longo prazos;

l) Fornecimento de ART dos serviços de arquitetura prestados.

m) Fiscalização da(s) obra(s):

 

 

4.2.2. Projetos complementares para as estruturas de curto prazo (fase 2):

4.2.2.1. Estrutural:

a) Cálculo de cargas do projeto considerando o sistema construtivo escolhido;

b) Projeto estrutural da edificação;

c) Representação gráfica de todos os elementos estruturais em seção e elevação;

d) Fornecimento da planta de cargas e locação da fundação;

e) Demais detalhes necessários à perfeita harmonização com o desenho arquitetônico existente;

f) Visitas ao local da obra para verificação de dúvidas e andamento dos trabalhos;

g) Memorial descritivo de projeto;

h) Quantitativo de materiais;

i) ART de projeto;

j) Laudo de sondagem do solo fornecido pelo cliente.

 

4.2.2.2. Hidrossanitário:

a) Dimensionamento e representação gráfica nas plantas de toda a tubulação de água fria, água quente, esgoto;

b) Aquecimento solar com uso de boiler, combinado com chuveiro elétrico;

c) Cálculo do Consumo e capacidade das Caixas de água e Reservatório de água pluvial (para lavagem de calçadas e regamento de plantas);

d) Detalhes das redes de água fria, água quente e rede esgoto;

e) Detalhes que venham atender às demandas da instalação e funcionamento do sistema solar técnico para fornecimento de água quente;

f) Demais detalhes necessários;

g) Memorial descritivo de projeto;

h) Quantitativo de materiais;

i) ART de projeto.

 

4.2.2.3. Elétrico:

a) Dimensionamento e representação gráfica nas plantas, em escala 1:50, de toda a tubulação e fiação elétrica necessária;

b) Dimensionamento e representação dos Quadros de Cargas (incluindo o sistema solar térmico);

c) Dimensionamento dos circuitos elétricos;

d) Dimensionamento do fator de demanda;

e) Dimensionamento da entrada de energia padrão da empresa de energia local;

f) Demais detalhes necessários;

g) Memorial descritivo de projeto;

h) ART de projeto;

i) Resumo Quantitativo de materiais.

 

4.2.3. Compatibilização do projeto de arquitetura com os projetos complementares.

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